Auto: REPRODUÇÃO /

Bendito os que tem a paciência de esperar por boas novas! E elas virão, porque depois de todo vendaval a calmaria é certa. Bem perto, está o produto da ciência, aquela poção quase mágica que nos livrará da trágica jornada que tivemos este ano.

Bendito sejam os humildes, que não ousaram indo além do que foi preconizado, por outro lado, muitos saíram por aí, a espalhar o inimigo, a abusar do perigo e adoecer toda essa gente, aqueles tantos que morreram. Os ajudantes da doença, por sua vez, não cuidaram de si nem dos que os amam e simplesmente os mataram com tamanha insensatez.

Eis que estamos chegando a 2021, que vem carregado de esperança, mas para que ela traga boas novas é preciso ter cuidado. Cuidar é não deixar que alguma coisa ruim possa acontecer conosco, mas para isso é necessário ter sempre em mente que somos seres extremamente vulneráveis a quase tudo que nos cerca.

Enfim 2021, um tempo de esperança, pois é isso que nos resta no fundo da Caixa de Pandora. De agora em diante é preciso ter cautela, tomar cuidado porque a vida é bela e o tempo vai passando sem que possamos perceber. O que fazer?

Caminhar na vida, sempre acompanhado do companheiro que esteja do seu lado e aprender, de uma vez por todas, que somos criaturas extremamente frágeis, mesmo os que acreditavam serem fortes, foram surpreendidos pelas mortes de alguém considerado seu modelo de fortaleza ou de uma tal beleza que seria impossível de morrer. Mas uma minúscula e terrível criatura, um vírus só medido em nanómetro, matou tanta gente neste mundo que é impossível de saber quantos morreram que foi criado um novo instrumento de medida, o Covidómetro.

Bendito sejas, Ano Novo! Mas traga uma certeza a este povo, a garantia de que possa ser feliz de novo. Que os empedernidos sectários do pensamento único possam permitir uma pequena fresta em suas mentes e consigam aceitar um pensamento diferente e, assim, possibilitar uma convivência leniente.

Que os governantes, eternamente, deste povo, tão distantes, ao menos aceitem que podemos ser iguais, como se comportam outros tantos animais. E que o poder não lhes pertence, então, por favor, que ajam de modo respeitoso, sem tantas demonstrações de hipocrisia e percebam que em nosso dia a dia, quem mais sofre são os fracos desprovidos do amparo dessa nossa economia.

Paciência, destemor e esperança, é o que desejo nesse ano que chega, para muitos, com muita tristeza. Então, que todos nós, os brasileiros, deixemos de lado nossas diferenças, nossas tão profanas ideologias e as troquemos por respeito e alegria, por empatia, não por agonia. Esperançando comovido neste instante, lanço desejos de paz e harmonia entre todos nós, um tanto embrutecidos por tanto mal que nos assola no cotidiano, oro para que este Novo Ano, seja um novo recomeço. Por isso, a todos agradeço e, à Deus, eu ofereço a minha perene dedicação ao bem de todos.

José Pedro Rodrigues Gonçalves

30-12-20